Aspectos emocionais do paciente portador de lúpus eritematoso sistêmico
Palavras-chave:
Doença autoimune, Psicoterapia, Fatores emocionais, Somatização, TratamentoResumo
No presente artigo adotou-se como objetivo geral analisar, através de uma revisão de literatura narrativa, os aspectos emocionais do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) diante das limitações do seu diagnóstico. Frente os objetivos específicos, compreender, se há na literatura, estudos que trazem sobre os benefícios da psicoterapia no tratamento de Lúpus; identificar a realidade e os principais enfrentamentos emocionais vivenciados por pacientes diagnosticadas com LES; e discutir a influência do desencadeamento e evolução do LES nos aspectos psicológicos dos pacientes lúpicos. Reconheceu-se que o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) apresenta diversas manifestações clínicas dentre estas as neuropsiquiátricas, de particular interesse para este artigo. Sua etiologia é ainda obscura, possui origem multifatorial e envolve fatores genéticos, hormonais, ambientais, infecciosos e estresse psicológico. Apesar dos avanços já realizados, no Brasil ainda existe a falta de tratamentos e profissionais especializados em reumatologia para que se possa identificar a manifestação da doença e do tratamento na equipe multiprofissional, identificando que há um longo caminho a ser percorrido em buscas de melhorias para esta determinada patologia. Além de fatores psicossociais, há comorbidades como depressão, psicose, convulsão, transtorno de humor, e cefaléia. Verificou-se que o tratamento deve ser individualizado e o atendimento personalizado, pois se deve levar em consideração os órgãos e/ou sistemas afetados, o grau de gravidade acometido, os acontecimentos do sujeito e sua percepção diante a doença.